Descobri que a minha vida é MINHA. Que só eu posso controlar o que quero, o que fazer, o que ver. Descobri que a vida é mais do que tristezas e lágrimas, e pessoas que se vão embora. Que existe a outra parte, os sorrisos, as pessoas que ficam, a felicidade. Descobri que nada é como nós queremos na realidade. Que existe mais sorrisos do que lágrimas, pelo menos na minha vida. Muitos sorrisos podem ser falsos, mas que na verdade eles são verdadeiros. Eles estão cá. Vão saindo assim de vez em quando. Raros os momentos que isso acontece, mas acontecem. E a parte das lágrimas essas são mesmo raras. Não sou pessoa que costuma chorar muito. Mas quando choro é porque algo está muito mal. Mas quando solto um sorriso é porque eu me sinto muito bem. Descobri que com a minha doença que se tu te sentires bem tudo vai correr bem. Palavras de médica. E ela tem razão. Eu faço aquilo que eu quero na realidade. Se eu quero ficar bem só tenho que me sentir bem. No início não me sentia nada bem, com o aparecimento da doença, foi tudo tão difícil, era como se me estivessem a tirar algo. Algo meu, algo que faz parte de mim e do meu corpo. E na verdade estavam. Mas eu com o tempo pus de lado a minha doença, não esquecendo que tinha que tratar dela e que ainda hoje tenho, mas eu comecei a sentir-me melhor, e na verdade a minha doença não desapareceu, porque ela nunca irá desaparecer ela está cá e sempre vai permanecer. Mas eu posso controlá-la. Eu ao sentir-me bem a doença vai melhorando e é o que faço. Nunca escrevi realmente sobre a minha doença, do como me doeu, de quantas lágrimas ela fez-me deitar, de quantas dores de cabeça. Mas aqui estou eu e de pé, meus amigos. Eu disse que não ia desistir e realmente não desisti, eu estou aqui. Com vocês ou sem vocês. Descobri que a vida é só uma e temos que aproveitá-la e ser fortes para ultrapassar os obstáculos. Eu ultrapassei, e que venham mais obstáculos para derrubar, mais lágrimas para deitar, mas dores de cabeça para curar, mas acima de tudo mais sorrisos para poder concluir as minhas vitórias. E com isto tudo, acho que posso dizer que estou curada deste obstáculo, porque se fosse á um ano atrás ou meses eu seria incapaz de escrever o que estou a escrever, porque custou tanto que nem para o papel conseguia passar a minha dor. E o título do meu blog é 'I am free' e agora finalmente vou poder usá-lo. Sim eu estou livre, não da doença, mas sim da dor. Eu consegui! Á um ano atrás tinha sérias dúvidas que iria conseguir. Mas consegui, e sinto-me bem.
Obrigado vida.
