Vinga-te de ti próprio.
Vinga-te da dor que me fizeste passar.
Vinga-te do nojo que me fizeste sentir.
Vinga-te de ti, e só de ti.
Vinga-te pelas saudades que sinto.
Sim porque apesar de tudo sinto saudades.
Ora bem.. Isto é sentir.
Mas vinga-te por eu sentir.
Espera.
Houve vingança por ti, por tu sentires e não quereres.
E decidiste vingar-te em mim.
Vingança por ti em mim.
Escrevo aqui como se estivesse a escrever para ti.
E estou.
Mas não vais ler.
Não importa, ao menos não desço baixo e corro para ti depois de tanto mal, desta vez é diferente.
Sempre dizia que para ti eu voltava.
Desta vez não.
Vinga-te disso.
Das tuas atitudes macabras para comigo.
Em tempos escrevi "E tu meu querido e adorável cristal, és a minha primavera, obrigado por me fazeres florescer novamente" escrevi mas tu não soubeste porque não queria, porque estavamos escondidos ao sentimento. E não terias que saber. Bem, murchou todas as flores, a primavera acabou, ironias, e estamos no outono, onde as folhas caiem e as árvores permanecem despidas e vazias ao frio.
Vinga-te disso.
Vinga-te de tudo.
Vinga-te dos momentos, das lembranças.
Mas principalmente, vinga-te de ti.
E não para mim.
Bastou uma.
Vinga-te enquanto te arrependes.
Vinga-te.
Que eu vingo-me com apenas a única arma que tenho e que sempre terei e que sempre foi das melhores.
O meu sorriso.
Para ti eu sorrio não por te ter conhecido tão profundamente e por me teres feito tão mal, mas sim por aprender.
Aprender que eu mereço mais que ser apenas uma escolha, ser segunda opção.
Eu mereço mais que isso tudo.
Sorrir, é a melhor vingança.
E eu não sou vingativa, mas para ti faço questão de o ser.
Podes te vingar disso.
Mas para ti.
Vinga-te.